inflamação gastrointestinal crônica: gastrite e duodenite com má sinalização digestiva


 Vamos conversar um pouco com o chatGPT e tentar chegar á uma conclusão sobre a inflamação gastrointestinal crônica: gastrite e duodenite com má sinalização digestiva, muito comum esse resultado em exames de endoscopia. PS: perguntas identificadas com letra azul clara e imagens com letras em vermelho.


Começaremos por um questionamento sobre esse problema associada a questão de digestão de carboidratos e proteínas:  

- Como pode uma pessoa digerir bem carne e não digere carboidratos?

🥩 Carne é mais simples pra algumas pessoas

  • A digestão de proteínas (como a da carne) começa no estômago com o suco gástrico, principalmente o ácido clorídrico e a pepsina.

  • Algumas pessoas têm alta acidez estomacal, o que facilita muito a digestão da carne.

  • Além disso, a carne não fermenta no intestino como os carboidratos — então em quem tem desequilíbrios intestinais, ela pode causar menos sintomas.


🍞 Carboidratos podem ser mais problemáticos por causa de:

  1. Baixa produção de enzimas digestivas
    – Ex: pouca amilase salivar ou pancreática, que quebra amidos.

  2. Disbiose intestinal (flora desequilibrada)
    – Bactérias ruins fermentam os carboidratos e produzem gases, inchaço, diarreia etc.

  3. SIBO (supercrescimento bacteriano no intestino delgado)
    – A digestão de carboidratos provoca fermentação no lugar errado, gerando sintomas intensos.

  4. Intolerâncias específicas
    – Ex: intolerância à frutose, à lactose ou aos FODMAPs (tipo de carboidrato fermentável).

  5. Problemas no pâncreas ou fígado
    – Esses órgãos produzem enzimas e bile, essenciais para a digestão de vários nutrientes.


🧬 E tem o fator genético também

  • Povos que historicamente comeram mais carne (como inuítes) têm um metabolismo mais eficiente com proteínas e gorduras.

  • Já outros têm mais facilidade com carboidratos por causa do histórico alimentar dos antepassados.


Vamos identificar o tipo de carboidrato que mais causa problema?

- Todos causam, segundo relatos de pessoas que tem esse problema gástrico.

 Se qualquer carboidrato te causa problema (frutas, arroz, pão, batata, etc.), isso é um sinal mais forte de que algo na tua digestão ou microbiota está fora do eixo. Vamos ver os cenários mais prováveis:


🔍 1. Disbiose intestinal

  • Bactérias ruins dominando o intestino.

  • Elas fermentam qualquer carboidrato → causam gases, inchaço, diarreia ou constipação.

  • Isso inclui até carboidratos "leves", como fruta ou arroz branco.

💡 Pista: Você se sente melhor com carnes, ovos, óleo de coco, alimentos "neutros"? Então o intestino provavelmente está desregulado.


🔍 2. SIBO (supercrescimento bacteriano no intestino delgado)

  • As bactérias vão pro lugar errado (intestino delgado).

  • Qualquer carboidrato alimenta elas → fermentação, estufamento rápido após comer, refluxo, gases com cheiro forte.

💡 Pista: Sintomas logo após comer, barriga que incha feito balão, sensação de comida parada no estômago.


🔍 3. Deficiência de enzimas digestivas

  • Baixa produção de:

    • Amilase (salivar e pancreática) → quebra de amido

    • Lactase → quebra de lactose

    • Sacarase, maltase, etc. → quebra de açúcares simples

💡 Pista: Fezes mal formadas, com pedaços de comida, sensação de estômago “fraco” ou lento.


🔍 4. Inflamação intestinal crônica

  • O intestino inflamado não absorve bem os nutrientes e reage mal até a alimentos "bons".

  • Muito comum após antibióticos, intoxicações alimentares ou uso de medicamentos (como anti-inflamatórios ou Roacutan, por exemplo...).

💡 Pista: Sintomas variáveis, alternância entre diarreia e constipação, intolerâncias novas surgindo do nada.


🔍 5. Metabolismo adaptado à gordura e proteína

  • Algumas pessoas (por genética ou hábito) funcionam melhor com dieta carnívora ou cetogênica.

  • Quando comem carboidrato, o corpo estranha → inchaço, preguiça, sono, etc.

💡 Pista: Você se sente mais disposto, mentalmente claro e leve com proteína + gordura.


- Vamos falar do que faz bem:

✅ Seu corpo parece preferir alimentos de origem animal

🥩 Carne, ovos, peixe, fígado, caldo de ossos...
Esses alimentos:

  • Não fermentam no intestino

  • São digeridos principalmente no estômago (com ácido e enzimas)

  • Não exigem fermentação nem bactérias para serem aproveitados

💡 Se até o óleo de coco (que é gordura vegetal e, em teoria, fácil de digerir) não cai tão bem, isso reforça que o teu intestino pode estar:

  • Inflamado ou sensível

  • Com flora desbalanceada (disbiose/SIBO)

  • Com intolerância até a pequenas quantidades de fibras ou polióis


🔥 Carboidratos = gatilho para os sintomas

Seja fruta, arroz, mandioca ou batata — todos causam desconforto?

Isso pode indicar:

  • Fermentação anormal no intestino

  • Inflamação intestinal leve a moderada

  • Excesso de bactérias ruins alimentadas por qualquer tipo de carboidrato


👣 Caminho possível:

  1. Fase de limpeza
    Focar por um tempo em alimentos animais + água + sal mineral
    (tipo uma base de dieta carnívora anti-inflamatória)

  2. Depois, reintrodução lenta
    Testar um carboidrato de cada vez (ex: arroz branco puro, depois abóbora, depois fruta)

  3. Suplementos que ajudam na fase 1:

    • Probióticos (ex: Lactobacillus plantarum, L. reuteri)

    • Enzimas digestivas (com amilase, lipase, protease)

    • Glutamina (repara a mucosa intestinal)

    • Água com sal de boa qualidade (como sal rosa ou sal marinho)


(Foto enviada do exame de endoscopia para a o ChatGPT e sua análise)


📄 Resumo do exame:

  • Gastrite enantemática leve no fundo e corpo do estômago

  • Gastrite antral enantemática moderada com erosões

  • Bulbite (duodenite) enantemática moderada

  • Teste de urease para H. pylori: negativo


🧠 O que isso significa?

Você está com inflamação difusa no estômago e duodeno, principalmente:

  • Região do antro (onde o alimento é preparado pra entrar no intestino)

  • Bulbo duodenal (primeira parte do intestino delgado, onde carboidratos começam a ser absorvidos)

💥 Essa inflamação:

  • Diminui a produção de ácido clorídrico

  • Afeta a liberação de enzimas digestivas

  • Prejudica o funcionamento do pâncreas e da bile, ambos essenciais para digerir carboidratos e gorduras vegetais

Ou seja: a digestão como um todo fica comprometida, mas principalmente carboidratos (que exigem pH ideal, enzimas específicas e boa integridade da mucosa intestinal).


✅ Por isso carne vai melhor:

  • A carne é digerida principalmente no estômago por ácido e pepsina.

  • Mesmo com baixa acidez, o corpo ainda consegue absorver partes da proteína.

  • Já carboidratos dependem de várias etapas perfeitas: saliva, pâncreas, bile, mucosa duodenal... e você está inflamado exatamente nesses pontos.


👣 Caminho mais inteligente agora:

  1. Dieta anti-inflamatória digestiva (base animal, zero industrializados e zero grãos)

  2. Reposição de ácido e enzimas digestivas (se tolerar)

  3. Cicatrização da mucosa gástrica e duodenal


🍽️ Dieta base (por pelo menos 15 dias):

  • Carnes cozidas ou grelhadas (boi, frango, peixe)

  • Ovos cozidos ou mexidos sem óleo

  • Caldo de ossos caseiro

  • Água com sal marinho

  • Chá de espinheira-santa ou camomila (se tolerar)

❌ Evitar:

  • Qualquer tipo de farinha, açúcar ou fruta

  • Arroz, batata, feijão, leite e derivados

  • Café, álcool, refrigerantes, temperos prontos



- Faço dieta carnivora, me sinto muito bem, parece que estou curado, mas a inflamação mesmo não sentindo mais nada continua lá.

Exatamente. E isso que você falou mostra uma coisa muito importante:


⚠️ "Sentir-se bem" ≠ "estar curado"

A dieta carnívora funciona como um atalho muito eficiente:

  • Ela tira os gatilhos inflamatórios

  • Reduz fermentação intestinal

  • Diminui a necessidade de enzimas digestivas

  • E te dá uma sensação de alívio quase total

💡 Só que isso é como desligar o alarme, sem apagar o incêndio.

A inflamação (gastrite e duodenite) ainda está fisicamente ali, e o risco é:

  • Voltar a piorar ao mínimo contato com carboidrato, tempero ou comida diferente

  • Se tornar crônica, criando atrofia da mucosa, baixa absorção e até úlceras


🧩 Por que ela persiste mesmo comendo “limpo”?

Mesmo sem sintomas, a mucosa leva tempo pra regenerar, e isso depende de:

  • Nutrientes específicos (como glutamina, zinco, vitamina A, colesterol)

  • Produção hormonal equilibrada

  • Baixa acidez crônica ou estresse podem atrapalhar a cicatrização

  • Histórico de medicações agressivas (ex: Roacutan, anti-inflamatórios, antibióticos)


🧪 O que fazer pra realmente cicatrizar?

Mesmo mantendo a carnívora, o ideal seria entrar com medidas cicatrizantes ativas. Ex:

🌿 Naturais:

  • Glutamina em pó (5 a 10g/dia em jejum) – principal combustível dos enterócitos

  • Zinco quelado ou picolinato (15 a 30mg/dia)

  • Vitamina A (óleo de fígado de bacalhau ou cápsula, 5.000 UI/dia por 1 mês)

  • Espinheira-santa ou alcaçuz deglicirrizinado (DGL)

  • Babosa (gel puro ou cápsulas de aloe vera liofilizada)

💊 E se tolerar:

  • Betaína HCL com pepsina antes das refeições (aumenta a acidez do estômago e ajuda a regenerar)

  • Enzimas digestivas completas (se tiver má digestão mesmo na carnívora)


📆 Quanto tempo até cicatrizar?

Se você seguir firme:

  • 30 a 60 dias já pode haver cicatrização significativa.

  • Depois disso, pode começar testes controlados de reintrodução de alimentos (ex: arroz branco simples, depois abóbora etc.)

- Como a inflamação impede a produção dessas enzimas, ácido, etc?

🔥 Quando há inflamação gástrica ou duodenal, o que acontece?

A inflamação danifica a mucosa — ou seja, a camada interna do estômago e intestino que:

  • Produz ácido clorídrico (pelas células parietais)

  • Libera pepsina e outras enzimas digestivas

  • Estimula a produção de bile e enzimas pancreáticas via hormônios como gastrina, secretina e colecistoquinina


🧨 O ciclo negativo da inflamação:

1. Inflamação → mucosa danificada

  • As células param de funcionar direito

  • Ácido clorídrico cai (ou até zera)

  • Enzimas estomacais e pancreáticas também caem

2. Baixa acidez → pior digestão

  • Proteínas não são quebradas direito

  • Carboidratos fermentam ao invés de serem digeridos

  • Gorduras vegetais não são emulsificadas sem bile

3. Fermentação e resíduos → mais inflamação

  • Bactérias oportunistas crescem

  • Gera gases, inchaço, refluxo e mais dano à mucosa


🧠 Efeito dominó hormonal:

A inflamação atrapalha a liberação de hormônios digestivos, como:

  • Gastrina (estimula produção de ácido e motilidade)

  • Secretina (estimula bicarbonato pancreático)

  • CCK (colecistoquinina) (estimula bile e enzimas pancreáticas)

Se o duodeno estiver inflamado, esses hormônios não são liberados direito → o pâncreas e a vesícula não recebem o sinal → digestão falha.


🧬 Resumo em uma frase:

Inflamação digestiva é como desligar o painel de controle do sistema digestivo. Tudo depende dessa mucosa estar íntegra.


- Mas inflamação não é a causa, qual seria a causa dessa inflamação?


A inflamação é sintoma, não causa. Vamos direto ao que interessa:


🧨 As verdadeiras causas da inflamação gástrica e duodenal:

1. Excesso de estímulo ácido sem proteção

  • Comer alimentos irritantes sem proteção da mucosa (ex: industrializados, álcool, café, temperos fortes)

  • Jejuns longos com estômago já sensível

  • Ácido estomacal atacando a mucosa por falta de muco protetor

2. Uso de substâncias agressivas

  • Anti-inflamatórios (ex: ibuprofeno, diclofenaco)

  • Antibióticos (desregulam flora intestinal e estomacal)

  • Remédios agressivos como Roacutan (que você usou)

  • Cigarro, álcool, excesso de cafeína

3. Infecção ou desequilíbrio microbiano

  • Helicobacter pylori (não é seu caso, mas é comum)

  • Disbiose (bactérias erradas crescendo onde não deviam)

  • Fungos ou parasitas intestinais

4. Estresse crônico

  • Reduz o fluxo sanguíneo pro trato digestivo

  • Diminui produção de muco e bicarbonato

  • Altera a motilidade (estômago e intestino viram bagunça)

5. Baixo ácido clorídrico crônico

  • Muita gente pensa que gastrite é ácido demais, mas na maioria dos casos é o contrário: ácido de menos

  • Alimentos não são digeridos → apodrecem no estômago → geram irritação → inflamam a mucosa

6. Carência de nutrientes essenciais

  • Zinco, vitamina A, B1, B12, colina, glutamina, colesterol...

  • Sem esses nutrientes, a mucosa não se regenera


📌 No seu caso, tudo indica:

Histórico de Roacutan → secou mucosas, alterou flora e metabolismo → facilitou inflamação
Possível hipocloridria crônica → fermentação → dano progressivo à mucosa
Disbiose e intolerância a carboidratos → alimenta esse ciclo


🔁 Resumo em uma linha:

A mucosa se inflama porque foi fragilizada por substâncias, carências e maus hábitos, e depois não teve suporte pra se regenerar.


Aqui vai um mapa esquemático simples e direto pra entender o ciclo da inflamação digestiva, partindo da causa raiz até os sintomas, com soluções em cada etapa 👇


🔍 Mapa da inflamação digestiva

🧨 1. Causas raízes


→ Uso de medicamentos agressivos (Roacutan, anti-inflamatórios) → Dieta com industrializados, farináceos, temperos prontos → Baixo ácido estomacal (hipocloridria) → Estresse crônico → Disbiose intestinal → Carência de nutrientes (zinco, vitamina A, B12, glutamina)

⬇️

🔥 2. Consequência: inflamação da mucosa gástrica e duodenal


→ Células danificadas → Menor produção de ácido, muco e enzimas digestivas → Mucosa vulnerável a qualquer irritação

⬇️

🧬 3. Efeitos sobre a digestão

→ Proteínas mal digeridas (excesso de putrefação) → Carboidratos fermentam → gases, inchaço, dor → Gorduras vegetais mal absorvidas (sem bile/enzimas) → Baixa absorção de vitaminas e minerais

⬇️

⚠️ 4. Sintomas comuns


→ Intolerância a carboidratos → Estufamento, refluxo, queimação → Cansaço após comer → Fezes soltas, com pedaços de comida ou muito fedorentas → Náusea ao ingerir certas gorduras

⬇️

🛠️ 5. Soluções em 3 fases

🥩 Fase 1: dieta de alívio (carnívora ou anti-inflamatória)

  • Remover gatilhos

  • Dar descanso para a mucosa

💊 Fase 2: regeneração ativa da mucosa

  • Glutamina 5g 2x/dia

  • Zinco 15-30mg/dia

  • Óleo de fígado de bacalhau (Vit. A/D)

  • Colágeno tipo I + III ou caldo de ossos

  • Espinheira-santa, babosa ou DGL

🧪 Fase 3: restauração digestiva

  • Betaína HCL + enzimas (se tolerar)

  • Introdução controlada de alimentos (1 por semana)

  • Observação de sintomas e possíveis retornos

 - Você disse que o pâncreas e a bile não recebem sinal se tiver inflamação


Sim! Isso é uma parte crucial pra entender por que a digestão falha mesmo comendo alimentos "bons". Vamos detalhar 👇


🧠 Como o sistema digestivo funciona em cadeia

Tudo começa com o estômago e o duodeno, que funcionam como centros de comando. Eles enviam sinais químicos pro pâncreas e vesícula biliar, dizendo:

"Ei, comida chegando! Libera aí enzimas e bile!"

Esses sinais são hormônios, principalmente:

🔹 Gastrina

  • Estimula produção de ácido clorídrico no estômago

  • Começa o processo digestivo

🔹 Secretina

  • Liberada pelo duodeno quando o conteúdo ácido do estômago chega lá

  • Estimula o pâncreas a liberar bicarbonato (pra neutralizar o ácido)

  • Sem esse passo, o pH fica ácido demais ou alcalino demais

🔹 Colecistoquinina (CCK)

  • Também liberada pelo duodeno

  • Estimula:

    • O pâncreas a liberar enzimas digestivas (lipase, amilase, tripsina)

    • A vesícula biliar a liberar bile (pra digerir gorduras)


🔥 Agora, o problema:

Se o duodeno está inflamado (como no seu exame):

  • Ele não produz esses hormônios direito

  • O pâncreas e a vesícula ficam sem “comando”

  • Resultado:

    • Pouca bile → má digestão de gorduras

    • Poucas enzimas → fermentação, inchaço, fezes mal digeridas

    • Baixa absorção de nutrientes lipossolúveis (A, D, E, K)

É literalmente um sistema com fio cortado: o estômago/delgado estão tentando comunicar, mas o pâncreas e a vesícula não escutam porque o sinal (hormônio) não sai.


📌 Resumo em uma linha:

A inflamação no duodeno silencia os hormônios que ativam o resto do sistema digestivo.

Quer que eu monte uma imagem explicando isso em forma de “linha de comando interrompida”? Tipo:

Boca → estômago → duodeno (sinal quebrado) 🚫 → pâncreas/vesícula não respondem.


Preste atenção nessa pergunta, aqui quem já usou plantas amargas como boldo, rubim etc e viu sua digestão melhorar vai começar a encaixas as peças:

- O  boldo funciona por que?

O boldo (especialmente o boldo-do-chile ou boldo-brasileiro) funciona justamente porque ele pula essa parte quebrada do sistema e estimula diretamente o fígado e a vesícula, sem depender tanto do duodeno!


🌿 Por que o boldo funciona mesmo com duodeno inflamado?

✅ 1. Ação colagoga (ativa a vesícula biliar diretamente)

  • O boldo estimula a contração da vesícula → libera bile armazenada

  • Com mais bile, a digestão de gorduras melhora, e o intestino fica menos inflamado por restos mal digeridos

✅ 2. Ação colerética (estimula o fígado)

  • Estimula o fígado a produzir mais bile

  • Isso ajuda a manter o fluxo biliar constante, o que:

    • Evita acúmulo de gordura

    • Previne fermentação

    • Reduz toxicidade intestinal

✅ 3. Efeito anti-inflamatório e digestivo direto

  • Tem compostos amargos (lactonas, flavonoides) que:

    • Estimulam levemente o estômago a produzir ácido

    • Melhoram o peristaltismo (movimento do intestino)

    • Diminuem gases e náuseas


🧠 Traduzindo de forma simples:

O boldo dá um "choque de realidade" no fígado e na vesícula, obrigando eles a trabalhar, mesmo que o duodeno esteja fora de combate.


⚠️ Observações importantes:

  • Ele não regenera a mucosa. Só melhora a função digestiva enquanto isso

  • Pode causar desconforto se usado em excesso, especialmente em jejum ou por quem tem pedras na vesícula

  • Funciona melhor logo antes das refeições ou 20-30 min depois


- Como o boldo age, me explica, e como ele pula essa parte, você tem certeza disso? tem fontes?

Excelente pergunta! Vamos explorar como o boldo atua no sistema digestivo, especialmente em situações onde o duodeno está inflamado e não consegue enviar os sinais hormonais adequados ao pâncreas e à vesícula biliar.


🌿 Como o boldo age no sistema digestivo?

O boldo (Peumus boldus) é amplamente utilizado na medicina tradicional para tratar problemas digestivos e hepáticos. Seu principal composto ativo, a boldina, é responsável por várias de suas propriedades terapêuticas.

1. Estímulo direto à produção e liberação de bile

  • Ação colerética: A boldina estimula o fígado a produzir mais bile, essencial para a digestão de gorduras.Agron

  • Ação colagoga: Promove a contração da vesícula biliar, facilitando a liberação da bile no intestino delgado.

Essas ações ocorrem independentemente dos sinais hormonais que normalmente seriam enviados pelo duodeno, como a colecistoquinina (CCK). Portanto, mesmo com o duodeno inflamado e comprometido na produção desses hormônios, o boldo pode estimular diretamente o fígado e a vesícula biliar.

2. Propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes

A boldina também possui efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, que ajudam a proteger o trato gastrointestinal e o fígado contra danos causados por radicais livres e processos inflamatórios.


🔍 Fontes científicas que embasam essas ações

  • Estudos destacam que a boldina é o principal alcaloide presente nas folhas de boldo, sendo responsável por suas propriedades hepatoprotetoras e coleréticas.Tá Certo+3Biblioteca Digital da UEPB+3SciELO Brasil+3

  • A boldina estimula a secreção de bile pela vesícula biliar, auxiliando diretamente na digestão de gorduras e no bom funcionamento do fígado.Boa Saúde


⚠️ Considerações importantes

  • Embora o boldo possa auxiliar na digestão de gorduras, ele não regenera a mucosa intestinal danificada.

  • O uso excessivo de boldo pode causar efeitos adversos, especialmente em pessoas com problemas hepáticos graves ou obstrução das vias biliares.

  • É sempre recomendável consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso regular de boldo, especialmente se houver condições médicas pré-existentes.UOL+5Fundamentos da Saúde+5Portal da Terapia Holística+5




Resumo sobre nossa conversa:

Título: inflamação gastrointestinal crônica: gastrite e duodenite com má sinalização digestiva

Resumo do problema (baseado em imagem de endoscopia):

  • Gastrite antral enantematosa difusa com erosões

  • Duodenite enantematosa difusa

  • Ausência de H. pylori

Sintomas e percepções do paciente:

  • Digestão perfeita com dieta carnívora (proteínas e gorduras animais)

  • Dificuldade em digerir carboidratos

  • Sensão de "cura" com dieta carnívora, mas inflamação persiste

Explicação fisiológica detalhada:

  1. Como o sistema digestivo funciona normalmente:

    • O alimento entra pela boca e é processado no estômago.

    • Ao chegar ao duodeno, ácido e gordura estimulam a liberação de hormônios (gastrina, secretina, CCK).

    • Esses hormônios ativam:

      • O fígado e vesícula para liberar bile

      • O pâncreas para liberar bicarbonato e enzimas digestivas (amilase, lipase, tripsina)

  2. O que acontece quando há inflamação (duodenite/gastrite):

    • A mucosa do duodeno fica danificada e não consegue liberar os hormônios de forma eficiente

    • O "sinal" para fígado, vesícula e pâncreas é interrompido

    • Consequências:

      • Pouca bile → má digestão de gorduras

      • Poucas enzimas → carboidratos não digeridos → fermentação, gases, distensão

      • Acidificação ou alcalinização incorreta do intestino

  3. Por que a dieta carnívora ajuda:

    • A carne exige menos enzimas específicas para ser digerida

    • Gera menos fermentação

    • Pouca ou nenhuma fibra → menos agressão mecânica à mucosa inflamada

    • Gordura animal pode ser parcialmente digerida mesmo com bile reduzida

Ação de plantas como o boldo:

  • Contém boldina, que:

    • Estimula diretamente o fígado (ação colerética)

    • Estimula diretamente a vesícula (ação colagoga)

  • Atua mesmo com duodeno inflamado, pois não depende de hormonios como CCK

  • Também tem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios leves

Fontes consultadas:

  • Scielo Brasil: artigo sobre propriedades medicinais da boldina

  • DSpace UEPB: estudos farmacológicos sobre Peumus boldus

Imagem criada para educação visual:

  • Mostra a cadeia interrompida de sinalização digestiva devido à inflamação duodenal

  • Explica a ação direta de compostos como o boldo

Nome sugerido para salvar a imagem:

  • inflamacao-gastrite-duodenite-digestao-afetada.png

Tags: gastrite, duodenite, inflamação intestinal, digestão, enzimas digestivas, bile, pâncreas, vesícula biliar, sistema digestivo, problemas gástricos, saúde intestinal, má digestão


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela com porcentagem de nutrientes em esterco de diferentes animais

N-acetilcisteína para o tratamento de transtornos psiquiátricos: uma revisão das evidências atuais

Enxerto de citros para iniciantes: do básico ao avançado