inflamação gastrointestinal crônica: gastrite e duodenite com má sinalização digestiva
Começaremos por um questionamento sobre esse problema associada a questão de digestão de carboidratos e proteínas:
🥩 Carne é mais simples pra algumas pessoas
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A digestão de proteínas (como a da carne) começa no estômago com o suco gástrico, principalmente o ácido clorídrico e a pepsina.
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Algumas pessoas têm alta acidez estomacal, o que facilita muito a digestão da carne.
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Além disso, a carne não fermenta no intestino como os carboidratos — então em quem tem desequilíbrios intestinais, ela pode causar menos sintomas.
🍞 Carboidratos podem ser mais problemáticos por causa de:
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Baixa produção de enzimas digestivas
– Ex: pouca amilase salivar ou pancreática, que quebra amidos. -
Disbiose intestinal (flora desequilibrada)
– Bactérias ruins fermentam os carboidratos e produzem gases, inchaço, diarreia etc. -
SIBO (supercrescimento bacteriano no intestino delgado)
– A digestão de carboidratos provoca fermentação no lugar errado, gerando sintomas intensos. -
Intolerâncias específicas
– Ex: intolerância à frutose, à lactose ou aos FODMAPs (tipo de carboidrato fermentável). -
Problemas no pâncreas ou fígado
– Esses órgãos produzem enzimas e bile, essenciais para a digestão de vários nutrientes.
🧬 E tem o fator genético também
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Povos que historicamente comeram mais carne (como inuítes) têm um metabolismo mais eficiente com proteínas e gorduras.
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Já outros têm mais facilidade com carboidratos por causa do histórico alimentar dos antepassados.
Vamos identificar o tipo de carboidrato que mais causa problema?
- Todos causam, segundo relatos de pessoas que tem esse problema gástrico.
Se qualquer carboidrato te causa problema (frutas, arroz, pão, batata, etc.), isso é um sinal mais forte de que algo na tua digestão ou microbiota está fora do eixo. Vamos ver os cenários mais prováveis:
🔍 1. Disbiose intestinal
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Bactérias ruins dominando o intestino.
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Elas fermentam qualquer carboidrato → causam gases, inchaço, diarreia ou constipação.
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Isso inclui até carboidratos "leves", como fruta ou arroz branco.
💡 Pista: Você se sente melhor com carnes, ovos, óleo de coco, alimentos "neutros"? Então o intestino provavelmente está desregulado.
🔍 2. SIBO (supercrescimento bacteriano no intestino delgado)
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As bactérias vão pro lugar errado (intestino delgado).
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Qualquer carboidrato alimenta elas → fermentação, estufamento rápido após comer, refluxo, gases com cheiro forte.
💡 Pista: Sintomas logo após comer, barriga que incha feito balão, sensação de comida parada no estômago.
🔍 3. Deficiência de enzimas digestivas
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Baixa produção de:
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Amilase (salivar e pancreática) → quebra de amido
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Lactase → quebra de lactose
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Sacarase, maltase, etc. → quebra de açúcares simples
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💡 Pista: Fezes mal formadas, com pedaços de comida, sensação de estômago “fraco” ou lento.
🔍 4. Inflamação intestinal crônica
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O intestino inflamado não absorve bem os nutrientes e reage mal até a alimentos "bons".
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Muito comum após antibióticos, intoxicações alimentares ou uso de medicamentos (como anti-inflamatórios ou Roacutan, por exemplo...).
💡 Pista: Sintomas variáveis, alternância entre diarreia e constipação, intolerâncias novas surgindo do nada.
🔍 5. Metabolismo adaptado à gordura e proteína
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Algumas pessoas (por genética ou hábito) funcionam melhor com dieta carnívora ou cetogênica.
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Quando comem carboidrato, o corpo estranha → inchaço, preguiça, sono, etc.
💡 Pista: Você se sente mais disposto, mentalmente claro e leve com proteína + gordura.
✅ Seu corpo parece preferir alimentos de origem animal
🥩 Carne, ovos, peixe, fígado, caldo de ossos...
Esses alimentos:
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Não fermentam no intestino
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São digeridos principalmente no estômago (com ácido e enzimas)
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Não exigem fermentação nem bactérias para serem aproveitados
💡 Se até o óleo de coco (que é gordura vegetal e, em teoria, fácil de digerir) não cai tão bem, isso reforça que o teu intestino pode estar:
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Inflamado ou sensível
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Com flora desbalanceada (disbiose/SIBO)
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Com intolerância até a pequenas quantidades de fibras ou polióis
🔥 Carboidratos = gatilho para os sintomas
Seja fruta, arroz, mandioca ou batata — todos causam desconforto?
Isso pode indicar:
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✅ Fermentação anormal no intestino
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✅ Inflamação intestinal leve a moderada
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✅ Excesso de bactérias ruins alimentadas por qualquer tipo de carboidrato
👣 Caminho possível:
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Fase de limpeza
Focar por um tempo em alimentos animais + água + sal mineral
(tipo uma base de dieta carnívora anti-inflamatória) -
Depois, reintrodução lenta
Testar um carboidrato de cada vez (ex: arroz branco puro, depois abóbora, depois fruta) -
Suplementos que ajudam na fase 1:
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Probióticos (ex: Lactobacillus plantarum, L. reuteri)
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Enzimas digestivas (com amilase, lipase, protease)
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Glutamina (repara a mucosa intestinal)
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Água com sal de boa qualidade (como sal rosa ou sal marinho)
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📄 Resumo do exame:
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Gastrite enantemática leve no fundo e corpo do estômago
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Gastrite antral enantemática moderada com erosões
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Bulbite (duodenite) enantemática moderada
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Teste de urease para H. pylori: negativo
🧠 O que isso significa?
Você está com inflamação difusa no estômago e duodeno, principalmente:
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Região do antro (onde o alimento é preparado pra entrar no intestino)
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Bulbo duodenal (primeira parte do intestino delgado, onde carboidratos começam a ser absorvidos)
💥 Essa inflamação:
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Diminui a produção de ácido clorídrico
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Afeta a liberação de enzimas digestivas
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Prejudica o funcionamento do pâncreas e da bile, ambos essenciais para digerir carboidratos e gorduras vegetais
Ou seja: a digestão como um todo fica comprometida, mas principalmente carboidratos (que exigem pH ideal, enzimas específicas e boa integridade da mucosa intestinal).
✅ Por isso carne vai melhor:
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A carne é digerida principalmente no estômago por ácido e pepsina.
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Mesmo com baixa acidez, o corpo ainda consegue absorver partes da proteína.
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Já carboidratos dependem de várias etapas perfeitas: saliva, pâncreas, bile, mucosa duodenal... e você está inflamado exatamente nesses pontos.
👣 Caminho mais inteligente agora:
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Dieta anti-inflamatória digestiva (base animal, zero industrializados e zero grãos)
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Reposição de ácido e enzimas digestivas (se tolerar)
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Cicatrização da mucosa gástrica e duodenal
🍽️ Dieta base (por pelo menos 15 dias):
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Carnes cozidas ou grelhadas (boi, frango, peixe)
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Ovos cozidos ou mexidos sem óleo
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Caldo de ossos caseiro
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Água com sal marinho
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Chá de espinheira-santa ou camomila (se tolerar)
❌ Evitar:
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Qualquer tipo de farinha, açúcar ou fruta
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Arroz, batata, feijão, leite e derivados
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Café, álcool, refrigerantes, temperos prontos
Exatamente. E isso que você falou mostra uma coisa muito importante:
⚠️ "Sentir-se bem" ≠ "estar curado"
A dieta carnívora funciona como um atalho muito eficiente:
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Ela tira os gatilhos inflamatórios
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Reduz fermentação intestinal
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Diminui a necessidade de enzimas digestivas
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E te dá uma sensação de alívio quase total
💡 Só que isso é como desligar o alarme, sem apagar o incêndio.
A inflamação (gastrite e duodenite) ainda está fisicamente ali, e o risco é:
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Voltar a piorar ao mínimo contato com carboidrato, tempero ou comida diferente
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Se tornar crônica, criando atrofia da mucosa, baixa absorção e até úlceras
🧩 Por que ela persiste mesmo comendo “limpo”?
Mesmo sem sintomas, a mucosa leva tempo pra regenerar, e isso depende de:
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Nutrientes específicos (como glutamina, zinco, vitamina A, colesterol)
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Produção hormonal equilibrada
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Baixa acidez crônica ou estresse podem atrapalhar a cicatrização
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Histórico de medicações agressivas (ex: Roacutan, anti-inflamatórios, antibióticos)
🧪 O que fazer pra realmente cicatrizar?
Mesmo mantendo a carnívora, o ideal seria entrar com medidas cicatrizantes ativas. Ex:
🌿 Naturais:
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Glutamina em pó (5 a 10g/dia em jejum) – principal combustível dos enterócitos
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Zinco quelado ou picolinato (15 a 30mg/dia)
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Vitamina A (óleo de fígado de bacalhau ou cápsula, 5.000 UI/dia por 1 mês)
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Espinheira-santa ou alcaçuz deglicirrizinado (DGL)
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Babosa (gel puro ou cápsulas de aloe vera liofilizada)
💊 E se tolerar:
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Betaína HCL com pepsina antes das refeições (aumenta a acidez do estômago e ajuda a regenerar)
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Enzimas digestivas completas (se tiver má digestão mesmo na carnívora)
📆 Quanto tempo até cicatrizar?
Se você seguir firme:
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30 a 60 dias já pode haver cicatrização significativa.
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Depois disso, pode começar testes controlados de reintrodução de alimentos (ex: arroz branco simples, depois abóbora etc.)
🔥 Quando há inflamação gástrica ou duodenal, o que acontece?
A inflamação danifica a mucosa — ou seja, a camada interna do estômago e intestino que:
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Produz ácido clorídrico (pelas células parietais)
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Libera pepsina e outras enzimas digestivas
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Estimula a produção de bile e enzimas pancreáticas via hormônios como gastrina, secretina e colecistoquinina
🧨 O ciclo negativo da inflamação:
1. Inflamação → mucosa danificada
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As células param de funcionar direito
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Ácido clorídrico cai (ou até zera)
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Enzimas estomacais e pancreáticas também caem
2. Baixa acidez → pior digestão
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Proteínas não são quebradas direito
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Carboidratos fermentam ao invés de serem digeridos
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Gorduras vegetais não são emulsificadas sem bile
3. Fermentação e resíduos → mais inflamação
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Bactérias oportunistas crescem
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Gera gases, inchaço, refluxo e mais dano à mucosa
🧠 Efeito dominó hormonal:
A inflamação atrapalha a liberação de hormônios digestivos, como:
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Gastrina (estimula produção de ácido e motilidade)
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Secretina (estimula bicarbonato pancreático)
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CCK (colecistoquinina) (estimula bile e enzimas pancreáticas)
Se o duodeno estiver inflamado, esses hormônios não são liberados direito → o pâncreas e a vesícula não recebem o sinal → digestão falha.
🧬 Resumo em uma frase:
Inflamação digestiva é como desligar o painel de controle do sistema digestivo. Tudo depende dessa mucosa estar íntegra.
- Mas inflamação não é a causa, qual seria a causa dessa inflamação?
A inflamação é sintoma, não causa. Vamos direto ao que interessa:
🧨 As verdadeiras causas da inflamação gástrica e duodenal:
1. Excesso de estímulo ácido sem proteção
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Comer alimentos irritantes sem proteção da mucosa (ex: industrializados, álcool, café, temperos fortes)
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Jejuns longos com estômago já sensível
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Ácido estomacal atacando a mucosa por falta de muco protetor
2. Uso de substâncias agressivas
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Anti-inflamatórios (ex: ibuprofeno, diclofenaco)
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Antibióticos (desregulam flora intestinal e estomacal)
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Remédios agressivos como Roacutan (que você usou)
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Cigarro, álcool, excesso de cafeína
3. Infecção ou desequilíbrio microbiano
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Helicobacter pylori (não é seu caso, mas é comum)
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Disbiose (bactérias erradas crescendo onde não deviam)
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Fungos ou parasitas intestinais
4. Estresse crônico
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Reduz o fluxo sanguíneo pro trato digestivo
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Diminui produção de muco e bicarbonato
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Altera a motilidade (estômago e intestino viram bagunça)
5. Baixo ácido clorídrico crônico
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Muita gente pensa que gastrite é ácido demais, mas na maioria dos casos é o contrário: ácido de menos
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Alimentos não são digeridos → apodrecem no estômago → geram irritação → inflamam a mucosa
6. Carência de nutrientes essenciais
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Zinco, vitamina A, B1, B12, colina, glutamina, colesterol...
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Sem esses nutrientes, a mucosa não se regenera
📌 No seu caso, tudo indica:
✅ Histórico de Roacutan → secou mucosas, alterou flora e metabolismo → facilitou inflamação
✅ Possível hipocloridria crônica → fermentação → dano progressivo à mucosa
✅ Disbiose e intolerância a carboidratos → alimenta esse ciclo
🔁 Resumo em uma linha:
A mucosa se inflama porque foi fragilizada por substâncias, carências e maus hábitos, e depois não teve suporte pra se regenerar.
Aqui vai um mapa esquemático simples e direto pra entender o ciclo da inflamação digestiva, partindo da causa raiz até os sintomas, com soluções em cada etapa 👇
🔍 Mapa da inflamação digestiva
🧨 1. Causas raízes
⬇️
🔥 2. Consequência: inflamação da mucosa gástrica e duodenal
⬇️
🧬 3. Efeitos sobre a digestão
⬇️
⚠️ 4. Sintomas comuns
⬇️
🛠️ 5. Soluções em 3 fases
🥩 Fase 1: dieta de alívio (carnívora ou anti-inflamatória)
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Remover gatilhos
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Dar descanso para a mucosa
💊 Fase 2: regeneração ativa da mucosa
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Glutamina 5g 2x/dia
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Zinco 15-30mg/dia
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Óleo de fígado de bacalhau (Vit. A/D)
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Colágeno tipo I + III ou caldo de ossos
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Espinheira-santa, babosa ou DGL
🧪 Fase 3: restauração digestiva
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Betaína HCL + enzimas (se tolerar)
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Introdução controlada de alimentos (1 por semana)
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Observação de sintomas e possíveis retornos
- Você disse que o pâncreas e a bile não recebem sinal se tiver inflamação
Sim! Isso é uma parte crucial pra entender por que a digestão falha mesmo comendo alimentos "bons". Vamos detalhar 👇
🧠 Como o sistema digestivo funciona em cadeia
Tudo começa com o estômago e o duodeno, que funcionam como centros de comando. Eles enviam sinais químicos pro pâncreas e vesícula biliar, dizendo:
"Ei, comida chegando! Libera aí enzimas e bile!"
Esses sinais são hormônios, principalmente:
🔹 Gastrina
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Estimula produção de ácido clorídrico no estômago
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Começa o processo digestivo
🔹 Secretina
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Liberada pelo duodeno quando o conteúdo ácido do estômago chega lá
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Estimula o pâncreas a liberar bicarbonato (pra neutralizar o ácido)
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Sem esse passo, o pH fica ácido demais ou alcalino demais
🔹 Colecistoquinina (CCK)
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Também liberada pelo duodeno
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Estimula:
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O pâncreas a liberar enzimas digestivas (lipase, amilase, tripsina)
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A vesícula biliar a liberar bile (pra digerir gorduras)
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🔥 Agora, o problema:
Se o duodeno está inflamado (como no seu exame):
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Ele não produz esses hormônios direito
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O pâncreas e a vesícula ficam sem “comando”
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Resultado:
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Pouca bile → má digestão de gorduras
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Poucas enzimas → fermentação, inchaço, fezes mal digeridas
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Baixa absorção de nutrientes lipossolúveis (A, D, E, K)
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É literalmente um sistema com fio cortado: o estômago/delgado estão tentando comunicar, mas o pâncreas e a vesícula não escutam porque o sinal (hormônio) não sai.
📌 Resumo em uma linha:
A inflamação no duodeno silencia os hormônios que ativam o resto do sistema digestivo.
Quer que eu monte uma imagem explicando isso em forma de “linha de comando interrompida”? Tipo:
Boca → estômago → duodeno (sinal quebrado) 🚫 → pâncreas/vesícula não respondem.
Preste atenção nessa pergunta, aqui quem já usou plantas amargas como boldo, rubim etc e viu sua digestão melhorar vai começar a encaixas as peças:
O boldo (especialmente o boldo-do-chile ou boldo-brasileiro) funciona justamente porque ele pula essa parte quebrada do sistema e estimula diretamente o fígado e a vesícula, sem depender tanto do duodeno!
🌿 Por que o boldo funciona mesmo com duodeno inflamado?
✅ 1. Ação colagoga (ativa a vesícula biliar diretamente)
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O boldo estimula a contração da vesícula → libera bile armazenada
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Com mais bile, a digestão de gorduras melhora, e o intestino fica menos inflamado por restos mal digeridos
✅ 2. Ação colerética (estimula o fígado)
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Estimula o fígado a produzir mais bile
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Isso ajuda a manter o fluxo biliar constante, o que:
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Evita acúmulo de gordura
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Previne fermentação
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Reduz toxicidade intestinal
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✅ 3. Efeito anti-inflamatório e digestivo direto
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Tem compostos amargos (lactonas, flavonoides) que:
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Estimulam levemente o estômago a produzir ácido
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Melhoram o peristaltismo (movimento do intestino)
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Diminuem gases e náuseas
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🧠 Traduzindo de forma simples:
O boldo dá um "choque de realidade" no fígado e na vesícula, obrigando eles a trabalhar, mesmo que o duodeno esteja fora de combate.
⚠️ Observações importantes:
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Ele não regenera a mucosa. Só melhora a função digestiva enquanto isso
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Pode causar desconforto se usado em excesso, especialmente em jejum ou por quem tem pedras na vesícula
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Funciona melhor logo antes das refeições ou 20-30 min depois
Excelente pergunta! Vamos explorar como o boldo atua no sistema digestivo, especialmente em situações onde o duodeno está inflamado e não consegue enviar os sinais hormonais adequados ao pâncreas e à vesícula biliar.
🌿 Como o boldo age no sistema digestivo?
O boldo (Peumus boldus) é amplamente utilizado na medicina tradicional para tratar problemas digestivos e hepáticos. Seu principal composto ativo, a boldina, é responsável por várias de suas propriedades terapêuticas.
1. Estímulo direto à produção e liberação de bile
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Ação colerética: A boldina estimula o fígado a produzir mais bile, essencial para a digestão de gorduras.Agron
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Ação colagoga: Promove a contração da vesícula biliar, facilitando a liberação da bile no intestino delgado.
Essas ações ocorrem independentemente dos sinais hormonais que normalmente seriam enviados pelo duodeno, como a colecistoquinina (CCK). Portanto, mesmo com o duodeno inflamado e comprometido na produção desses hormônios, o boldo pode estimular diretamente o fígado e a vesícula biliar.
2. Propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes
A boldina também possui efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, que ajudam a proteger o trato gastrointestinal e o fígado contra danos causados por radicais livres e processos inflamatórios.
🔍 Fontes científicas que embasam essas ações
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Estudos destacam que a boldina é o principal alcaloide presente nas folhas de boldo, sendo responsável por suas propriedades hepatoprotetoras e coleréticas. Tá Certo+3Biblioteca Digital da UEPB+3SciELO Brasil+3
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A boldina estimula a secreção de bile pela vesícula biliar, auxiliando diretamente na digestão de gorduras e no bom funcionamento do fígado. Boa Saúde
⚠️ Considerações importantes
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Embora o boldo possa auxiliar na digestão de gorduras, ele não regenera a mucosa intestinal danificada.
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O uso excessivo de boldo pode causar efeitos adversos, especialmente em pessoas com problemas hepáticos graves ou obstrução das vias biliares.
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É sempre recomendável consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso regular de boldo, especialmente se houver condições médicas pré-existentes.UOL+5Fundamentos da Saúde+5Portal da Terapia Holística+5
Título: inflamação gastrointestinal crônica: gastrite e duodenite com má sinalização digestiva
Resumo do problema (baseado em imagem de endoscopia):
Gastrite antral enantematosa difusa com erosões
Duodenite enantematosa difusa
Ausência de H. pylori
Sintomas e percepções do paciente:
Digestão perfeita com dieta carnívora (proteínas e gorduras animais)
Dificuldade em digerir carboidratos
Sensão de "cura" com dieta carnívora, mas inflamação persiste
Explicação fisiológica detalhada:
Como o sistema digestivo funciona normalmente:
O alimento entra pela boca e é processado no estômago.
Ao chegar ao duodeno, ácido e gordura estimulam a liberação de hormônios (gastrina, secretina, CCK).
Esses hormônios ativam:
O fígado e vesícula para liberar bile
O pâncreas para liberar bicarbonato e enzimas digestivas (amilase, lipase, tripsina)
O que acontece quando há inflamação (duodenite/gastrite):
A mucosa do duodeno fica danificada e não consegue liberar os hormônios de forma eficiente
O "sinal" para fígado, vesícula e pâncreas é interrompido
Consequências:
Pouca bile → má digestão de gorduras
Poucas enzimas → carboidratos não digeridos → fermentação, gases, distensão
Acidificação ou alcalinização incorreta do intestino
Por que a dieta carnívora ajuda:
A carne exige menos enzimas específicas para ser digerida
Gera menos fermentação
Pouca ou nenhuma fibra → menos agressão mecânica à mucosa inflamada
Gordura animal pode ser parcialmente digerida mesmo com bile reduzida
Ação de plantas como o boldo:
Contém boldina, que:
Estimula diretamente o fígado (ação colerética)
Estimula diretamente a vesícula (ação colagoga)
Atua mesmo com duodeno inflamado, pois não depende de hormonios como CCK
Também tem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios leves
Fontes consultadas:
Scielo Brasil: artigo sobre propriedades medicinais da boldina
DSpace UEPB: estudos farmacológicos sobre Peumus boldus
Imagem criada para educação visual:
Mostra a cadeia interrompida de sinalização digestiva devido à inflamação duodenal
Explica a ação direta de compostos como o boldo
Nome sugerido para salvar a imagem:
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Tags: gastrite, duodenite, inflamação intestinal, digestão, enzimas digestivas, bile, pâncreas, vesícula biliar, sistema digestivo, problemas gástricos, saúde intestinal, má digestão
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