Controle natural de larvas-arame no morangueiro
O inseto da foto é uma larva de besouro (família Elateridae, conhecida como “larva-arame” ou “corózinho”).
🔎 Características visíveis:
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Corpo alongado, cilíndrico e rígido, com coloração marrom-alaranjada.
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Movimento lento, sempre no solo.
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Diferente da larva de coró branco (larva de besouro escarabeídeo), que é gorda e em forma de C, essa é fina e dura, lembrando um “fio de arame” (daí o nome).
⚠️ Danos que causa:
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Ataca raízes de plantas, inclusive de morangueiro.
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Mastiga as raízes grossas, deixando-as com partes “comidas” (exatamente o que apareceu no seu pé de morango).
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Em altas populações, pode matar mudas novas.
👉 Controle no cultivo caseiro:
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Retirar manualmente (como você já fez, tirando do substrato).
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Trocar o substrato contaminado por um novo, bem drenado e limpo.
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Evitar excesso de matéria orgânica mal decomposta, que atrai esses besouros.
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Pode usar armadilhas com pedaços de batata ou cenoura enterrados – eles atraem as larvas, que depois podem ser retiradas.
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Em casos mais sérios, produtores usam controle biológico com Beauveria bassiana (fungo entomopatogênico).
Existem alguns métodos e inseticidas naturais que ajudam a controlar larvas-arame no solo (como a que apareceu no seu morangueiro).
🌱 Opções naturais:
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Óleo de neem (Azadirachta indica)
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Atua como repelente e regulador de crescimento de insetos.
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Diluir óleo de neem prensado a frio em água + um pouco de sabão neutro (para emulsificar) e regar o substrato.
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Ajuda a reduzir a população com uso contínuo.
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Chá de nim ou extratos vegetais
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Além do neem, outras plantas com efeito inseticida suave (como cravo-da-índia e alho) podem ser usadas em forma de extrato para regar o solo.
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O alho e o cravo têm ação repelente, não tanto inseticida direta.
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Fungos entomopatogênicos (biológico)
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Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae são fungos que parasitam larvas no solo.
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Já existem versões comerciais no Brasil (vendidas como bioinseticidas).
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São bem eficazes e seguros para uso em hortas.
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Armadilhas com iscas vegetais
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Enterrar pedaços de batata, cenoura ou mandioca a uns 5 cm no substrato.
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As larvas são atraídas e podem ser retiradas manualmente.
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Repetir a cada 2–3 dias.
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Calda de sabão + álcool (para pulverização leve no solo)
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Um sabão neutro diluído (sem perfume) misturado com um pouco de álcool pode desidratar larvas em contato direto.
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Eficácia menor, mas ajuda se aplicado repetidamente.
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⚠️ Importante: como essas larvas ficam dentro do substrato, o mais eficaz costuma ser a combinação de armadilhas + bioinseticidas (Beauveria ou neem no solo).
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