Gado crioulo e mais resistente

 Essas vacas são chamadas em muitos lugares de gado crioulo, pé-duro ou mestiço. Elas costumam ser muito mais rústicas, porque:

  • Não foram pressionadas para alta produção (nem de leite, nem de carne).

  • A seleção acontece de forma natural: os mais resistentes sobrevivem e se reproduzem.

  • Geralmente têm porte menor, comem menos e vivem mais tempo.

  • São muito adaptadas ao ambiente local, clima e pastagem disponível.

Exemplos de gados mais “naturais” e adaptados:

  • Curraleiro Pé-Duro (Brasil) 🐂

    • Considerado o mais próximo do gado trazido pelos portugueses.

    • Pequeno, rústico, vive em regiões secas, praticamente sem assistência.

  • Gado Crioulo (América Latina)

    • Cada região tem sua versão (Crioulo argentino, uruguaio, chileno, etc.).

    • Descendem do gado ibérico solto na época da colonização.

  • Pantaneiro (Brasil)

    • Criado de forma solta no Pantanal, selecionado naturalmente.

    • Suporta enchentes, seca, mosquitos e pouca comida.

  • Mestiço natural

    • Em várias regiões do Brasil, pequenos produtores deixam o rebanho cruzar livremente (ex.: vaca meio Zebu, meio Europeu).

    • Costumam ser muito resistentes, mesmo que produzam menos.

Vantagens 🟢

  • Quase não adoecem.

  • Precisam de pouca ou nenhuma ração.

  • Longevidade alta.

  • Podem parir sozinhas sem assistência.

Desvantagens 🔴

  • Produção baixa de leite (geralmente 2 a 5 litros/dia).

  • Ganho de peso lento comparado a raças modernas de corte.

👉 Ou seja: se a ideia é ter um gado que sobreviva quase sozinho, só no pasto e sem muito gasto, o melhor é usar raças crioulas ou mestiços locais.

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