Trabalho sobre controle de caramujo com extrato de plantas recebe prêmio

 O trabalho, desenvolvido na UFJF, que relatou a redução do nascimento de uma espécie de caramujo terrestre a partir da pulverização de extratos de guaco e picão preto foi o vencedor do prêmio nacional Professor Maury Pinto de Oliveira, pesquisador que fundou o Museu de Malacologia da Universidade.A autora do estudo e mestranda, Bruna Souza, realizou as pesquisas no próprio museu.



Para o trabalho, Bruna depositou caramujos terrestres da espécie Subulina octona em três potes de 500 mL. Em um deles, pulverizou extrato obtido da planta guaco (Mikania glomerata Sprengel), usada como planta medicinal contra resfriado e tosse. Em outro pote, inseriu o da erva daninha picão preto (Bidens pilosa), também conhecido como carrapicho e fácil de ser encontrada nas ruas. No terceiro pote, espalhou somente água. Após o período de observação, constatou redução expressiva na taxa de natalidade das espécies nos potes com os extratos, diminuindo a eclosão de ovos.


Esses caramujos são encontrados em locais úmidos, como jardins, hortas e depósitos, e podem transmitir doenças a animais domésticos e seres humanos. Em alta densidade, são considerados pragas agrícolas.


Bruna recebeu a premiação no 22º Encontro Brasileiro de Malacologia (Ebram), principal encontro científico nacional sobre moluscos, que aconteceu em Fortaleza, do último dia 4 a 8. Ela também é mestranda do programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas – Comportamento e Biologia Animal. Poucos trabalhos, segundo a mestranda, abordam o controle de espécies terrestres de caramujos.


O trabalho “Efeitos dos extratos aquosos de Mikania glomerata Sprengel e Bidens pilosa (Asterace) sobre eclodibilidade de Subulina octona (Mollusca, Subulinidae) em laboratório” é parte de sua pesquisa voltada para o controle de moluscos terrestres. Bruna opta pelo uso de substâncias naturais em seus estudos como “um meio de evitar produtos sintéticos que causem impacto ambiental”.


Segundo a premiada, a malacologia – área de estudo acerca dos moluscos – , sempre foi de seu interesse, e chamou mais a sua atenção quando começou a trabalhar no museu, onde percebeu uma ligação entre essa área e a de sua graduação, Química. A partir daí, decidiu por desenvolver seu projeto de mestrado sobre o tema.


“Ganhar um prêmio tão importante assim, logo de início, é muito empolgante e me faz ter certeza de que estou no caminho certo”, afirma.


Fonte: UFJF

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